PPP Marco Referencial

A comunidade escolar se reuniu em 2013 para construir a primeira parte do Projeto Político Pedagógico da nossa escola. Assim foi feito o Marco Referencial que traz os desejos de toda a comunidade por uma escola melhor. Foram registrados os sonhos de todos com relação a vários aspectos que dizem respeito a escola.
Neste ano, vamos juntos construir o diagnóstico, refletindo sobre o que contribui ou não para termos a escola que desejamos.






PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARULHOS

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

EPG HELENA ANTIPOFF



Projeto Político Pedagógico

Marco Referencial



Guarulhos - 2014




Faz-se necessária a construção de uma escola criativa e de qualidade social, na qual a sala de aula possa se concretizar em múltiplos espaços (...). A educação, nesse sentido, é concebida como espaço de desenvolvimento humano, de sistematização, de descoberta e criação de saberes e de afirmação de valores democráticos e solidários
Quadro de Saberes Necessários





APRESENTAÇÃO.............................................................................................................. 4


I. MARCO SITUACIONAL................................................................................................ 5

1 Leitura da realidade em geral................................................................................... 5


II MARCO FILOSÓFICO................................................................................................... 7

1 A Sociedade que desejamos construir.......................................................................... 7

2 O Ser Humano que desejamos ajudar a formar............................................................ 8

3 A Finalidade de nossa escola....................................................................................... 8


III MARCO OPERACIONAL........................................................................................... 11

1 O Trabalho com o Quadro de Saberes Necessários.................................................... 11

2 Os Tempos e Espaços............................................................................................... 11

3 A Metodologia de Ensino........................................................................................... 12

4 A Relação Professor-Aluno/Disciplina....................................................................... 13

5 A Avaliação da Aprendizagem................................................................................... 14

6 A Hora-Atividade....................................................................................................... 15

7 O Trabalho com a Inclusão........................................................................................ 16

8 O Perfil dos Professores............................................................................................ 16

9 O Perfil do Professor Coordenador Pedagógico........................................................ 17

10 O perfil da direção.................................................................................................. 17

11 O Perfil dos Demais Profissionais........................................................................... 18

12 As Relações Interpessoais........................................................................................ 18

13 A Participação e Organização dos Alunos............................................................... 19

14 A Participação da Família......................................................................................... 19

15 A Participação da Comunidade................................................................................ 20

16 A Estrutura e Organização....................................................................................... 20

17 O Relacionamento entre as diferentes Modalidades de Ensino................................ 21

18 O Relacionamento de nossa escola com outras Escolas da Prefeitura..................... 22

19 O Relacionamento de nossa escola com a Secretaria Municipal de Educação......... 22



APRESENTAÇÃO


Este documento é uma realização coletiva, construído a partir das concepções de toda a comunidade escolar. Participaram de sua elaboração pais, alunos, funcionários, professores e gestores da EPG Helena Antipoff. Em cada etapa do processo, estes atores se empenharam para garantir que o Marco Referencial representasse os anseios e desejos de todos.

Em sua construção, o Marco Referencial passou por muitas etapas e dificuldades foram enfrentadas, como a escassez de tempo pelas atividades diárias. No entanto, tais empecilhos não impediram que alunos, familiares e equipe escolar contribuíssem sobremaneira para que este documento se tornasse um dos norteadores do Projeto Político Pedagógico da unidade, a ser (re)construído.

Assim, aqui se apresenta o resultado da primeira fase de sistematização do PPP, repleto de esperanças, traduzindo os desejos daqueles que compõem e fazem a escola no dia a dia.


I. MARCO SITUACIONAL



1 Leitura da realidade em geral


É complexo definir como vemos o mundo hoje, quando ainda temos a dificuldade de ver nossa família, nosso bairro e nossa sociedade. Podemos citar os avanços tecnológicos, mudanças políticas, lutas das classes e ao mesmo tempo lugares sem nenhum tipo de acesso tecnológico, sem noção de respeito e direitos que garantam a saúde, o bem estar e educação. Tendo em vista tais aspectos, consideramos que a humanidade não pode se perder em meio ao desenvolvimento geral da espécie.

É preciso pensar e agir de forma a garantir a todos o mínimo de direitos, bem como implementar ações necessárias para a qualidade de vida porque tudo o que é estudado, planejado, desenvolvido, busca propiciar uma melhoria. Assim, existe a perspectiva de que tudo pode ser melhorado em todos os sentidos e que o melhor ponto de partida é onde estamos. Entretanto, o mundo só se transforma quando o ser humano muda suas atitudes, seus velhos conceitos e preconceitos.

Nos dias atuais, há um grande avanço na tecnologia e devido à globalização as mudanças ocorrem muito depressa e as informações circulam o tempo todo. Além disso, as pessoas cada dia mais estão buscando alcançar seus objetivos, lutando em busca do reconhecimento dos outros, mas se esquecendo de buscar o reconhecimento familiar. Com isso, há uma perda de seus valores que se reflete nas crianças, que já não agem como crianças.

Em parte, tal situação se deve ao consumismo e uma crescente desigualdade social, com crianças crescendo sem regras, achando que podem tudo, pois os pais trabalham e não tem tempo de educar, transferindo para a escola seu papel. Além disso, alguns de nós observamos que há um sistema capitalista, pelo qual as pessoas se comportam como máquinas, trabalhando para gastar enquanto a educação fica só no papel, estuda-se por obrigação e os seres são manipulados sem questionar, tudo se aceita e os valores se mostram importantes nas aquisições de bens materiais, esquecendo-se da principal questão, que é a qualidade de vida.

Nos deparamos com um mundo onde apenas o eué importante e por isso se torna carente, mas há pessoas que estão começando a se conscientizar , querendo modificar as atitudes e lutando por um mundo melhor. Vivemos em um momento de suposta transição, onde se acredita em uma educação de qualidade, mas ninguém sabe ao certo o que fazer para alcançá-la. Em um contexto geral, temos um mundo cheio de direitos e pessoas que ignoram seus deveres, o que ocasiona a falta de limites e faz com que se perca o respeito ao próximo, embora muitos ainda tentem seguir princípios e valores humanos. Por isso, o estudo na escola e a atenção sempre são importantes, seja dos pais ou dos educadores.

Assim, vivemos num mundo com pessoas sem amor ao próximo, sem respeito aos mais velhos, um mundo de competição sem igualdade entre as pessoas, com grandes problemas de educação, saúde e em grande parte com conflitos políticos devido à corrupção. Apesar disso, enxergamos esse mundo com olhos de mudanças, já que o povo tem saído às ruas recentemente clamando por melhorias. Apesar de observar que há violência e criminalidade, que nos deixam prisioneiros de nós mesmos, ainda há pessoas de bem e é isso que traz forças para enfrentarmos o dia a dia.

II MARCO FILOSÓFICO


1 A Sociedade que desejamos construir


Desejamos construir uma sociedade igualitária, onde todos possamos nos expressar e ser ouvidos, sendo que as decisões sejam realmente tomadas em comum acordo e onde a chamada democracia não seja uma imposição. Com isso, é preciso que haja respeito aos direitos e deveres e todos possam viver sem medo de sofrer qualquer agressão. Tal situação se dará por meio de da construção de um ambiente justo, com a participação de todos, considerando-se os valores individuais, com menos impunidade e com a preocupação do bem comum e ausência de preconceitos.

Nesta sociedade almejada por nós, amor e crianças que as crianças possam brincar à vontade, desenvolvendo-se e se tornando cidadãos críticos, com ações produtivas e criativas. Diante disso, nossas crianças, independentemente da classe social, poderão assumir uma postura humanizada, buscando com autonomia a igualdade e podendo não apenas sonhar, mas ter a oportunidade de atingir seus objetivos de modo democrático, com uma educação de qualidade, salários dignos, moradia para todos, ou seja, com o mínimo para se viver bem.

É fundamental que a sociedade se aproxime da humanização, favorecendo o respeito ao próximo e que possamos exercer nossa cidadania de forma justa e crítica. Assim, desejamos construir uma sociedade participativa, inclusive na escola, na qual as pessoas se envolvam com a vida escolar dos filhos a fim de contribuir com um futuro transformador. Além disso, tal sociedade fortaleceria a paz e respeito às diferenças, visando um mundo mais inclusivo e no qual seja possível criar nossos filhos em um ambiente saudável e com escolas de boa qualidade.

Em suma, almejamos uma sociedade democrática e justa, formada por indivíduos de caráter, que sejam autônomos no fazer e no pensar, críticos e dotados de discernimento em relação ao que é imposto. Uma sociedade em que os sujeitos desejem fazer parte de um mundo diferente, no qual, o ser humano saiba dos seus direitos e deveres, reflita e questione sobre suas próprias atitudes e na qual a educação seja o fator principal.


2 O Ser Humano que desejamos ajudar a formar


Desejamos um ser humano consciente dos seus direitos e deveres, capaz de interagir com o meio, refletindo sobre seu papel na sociedade. Tal sujeito precisa estar ciente de que a escola é de todos, sendo capaz de defender e repassar valores, de modo revolucionário, porém reflexivo e com autocrítica.

Com isso, é fundamental que o ser humano respeite a individualidade de cada um, sendo companheiro e agindo de forma justa, deixando de lado o materialismo. Além de agir com solidariedade, o sujeito precisa estar consciente da importância de se manter bem informado para que possa ter condições de transformar o meio em que vive, sendo ator de sua própria história de modo digno, importando-se com o próximo e fazendo algo pelas pessoas necessitadas.

Dessa forma, sendo um ser humano com a mente aberta e que não tenha preconceitos com as diferenças, e que saiba ser crítico e observar os vários ângulos das situações, pois todos têm a capacidade de aprender.

Assim, desejamos ajudar a formar um cidadão que possa ir contra qualquer forma de injustiça, capaz de se colocar, de gritar, de lutar na construção de uma sociedade melhor. Desejamos, então, a formação de um ser verdadeiramente humano, capaz de enxergar o bem comume não somente o seu bem. Um ser consciente do seu papel, capaz de usufruir dos seus direitos, mas principalmente de reconhecer e exercitar seus deveres, é essencial para a sociedade que desejamos construir.


3 A Finalidade de nossa escola


Desejamos que a nossa escola seja o primeiro passo para desenvolver o prazer, o interesse pelo estudo, pelo diferente. Compreendemos que a escola é a segunda instituição a receber as crianças, já que a primeira é a família, devendo contribuir para que o sujeito se desenvolva e crie habilidades para vencer obstáculos. Portanto, almejamos que a nossa escola seja um complemento, auxiliando na formação do caráter do ser humano, contribuindo com a sociedade a fim de que a criança aprenda a melhorar seu relacionamento e ampliá-lo, estabelecendo um convívio interpessoal com o diferente, proporcionando o acesso não apenas à educação, mas também à cultura.

Do mesmo modo, queremos ainda que nossa escola possa formar alunos preparados para enfrentar o mundo com sabedoria, exercendo seu papel de cidadão por meio de uma aprendizagem que vise também a troca de experiências entre os sujeitos, pela prática da responsabilidade social, em que todos ajam com respeito e se preocupando com a educação. Para isso, também há o desejo de que os profissionais da educação tenham tempo suficiente para dialogarem e possam contar com uma comunidade presente.

É válido ressaltar que a escola tem finalidade de prover a educação formal, porém é primordial que consiga também ser uma escola humanizada, que trabalhe com a ética, a fim de ser agente fortalecedor da cidadania, com participação ativa de todos os envolvidos (corpo docente, discente, comunidade) e com reconhecimento social, que vise o bem comum e o crescimento e progresso da grande massa oprimida, nos ajudando a formar um ser humano melhor. Por isso, sonhamos com uma escola transformadora, que tenha um desempenho positivo na vida da criança a fim de que ela saia da instituição consciente de seu papel como cidadão, preparado para a vida em sociedade. Para isso, desejamos acolher a todos, estimulando a comunidade a fazer parte da construção e disseminação de conhecimento, contribuindo para uma aprendizagem significativa aos nossos educandos.

Desse modo, acreditamos que a escola deve objetivar ser um canal para alcançarmos uma sociedade democrática. Afinal, se não acreditarmos na escola para esse fim, então, perderemos a esperança de mudança.

Com isso, desejamos um lugar agradável, lindo e que as crianças se sintam à vontade para estudar, ou seja, um lugar onde todos gostariam de estar, com profissionais dedicados com ideais em comum e possuam a sua disposição todos os recursos tecnológicos e pedagógicos necessários para desenvolver a aprendizagem.

Além disso, acreditamos no respeito e trabalho de modo coletivamente de forma harmoniosa, por esse motivo, almejamos que todos estejam unidos para planejar e por em prática as propostas e planejamentos preestabelecidos, com vistas a contribuir para que se vençam as barreiras e a escola possa formar pessoas com senso de humanidade e condições de mudar o seu destino e o mundo a sua volta.

Concebemos, também, que a escola tem a finalidade de proporcionar aos educandos condições de refletir acerca do ambiente em que vivem, projetando e reforçando os aspectos positivos da sociedade.

Dessa forma, a escola precisa estar aberta a mudanças, dando prazer e satisfação a todos que nela se achegarem, sendo uma escola motivadora de conhecimentos, que desperte ainda mais o interesse dos alunos ao caminho da aprendizagem e do saber, ajudando a formar o indivíduo de forma que ele também se empenhe em dar continuidade a sua formação. Enfim, desejamos uma escola para todos, que contribua para a formação do ser humano e conscientize a família de que a escola não é a única responsável pela criança, que educar é dever de todos.


3. MARCO OPERACIONAL



1 O Trabalho com o Quadro de Saberes Necessários



Considerando que o Quadro de Saberes Necessários é um documento que norteia o trabalho pedagógico, visando desenvolver o indivíduo em sua totalidade, facilitando o trabalho do professor quando prepara seu projeto/atividade, desejamos compreendê-lo em sua plenitude para que possamos usufruir ao máximo deste instrumento, colocando-o em prática por meio de um trabalho unificado, objetivando que todos trabalhem para atingir metas comuns, bem como conteúdos estabelecidos de tal maneira em que todos os educandos sejam contemplados e que, de fato planejamento possa ser colocado em prática, focando-se as modalidades em consonância com as faixas etárias atendidas e realidade.

Além disso, almejamos que os pais e a comunidade compreendam esse documento de modo a sentir sua presença no desenvolvimento dos seus filhos. Há o desejo de que o uso deste documento tenha como o ponto de partida a realidade dos educandos. Faz-se necessário que o trabalho seja pensado e adaptado à vivência do grupo escolar a fim de que nos seja possível tomá-lo como base para atingirmos as expectativas dentro do trabalho pedagógico.

Sendo assim, desejamos que o QSN seja utilizado com respeito aos saberes a serem seguidos, levando em consideração a individualidade de cada educando. Tendo em vista a importância desse norteador é fundamental que ele seja vivo, de fato utilizado, priorizando o desenvolvimento dos alunos com ações planejadas e objetivos a alcançar, enfim, atividades que devem ser aplicadas no dia a dia com base nos saberes necessários.


2 Os Tempos e Espaços


Desejamos que os tempos e espaços das crianças sejam de acordo com sua faixa etária e suas necessidades, onde possam não apenas brincar, mas aprender, divertir-se, enfim, desenvolver-se em todos os sentidos. Almejamos, então, um local em que a criança possa ser feliz e, para isso, o espaço deve ser bem aproveitado e valorizado por todos e utilizado de modo a trabalhar bem o tempo com as crianças nos espaços que temos.

Queremos que em nossa escola os alunos tenham os espaços necessários para o melhor aprendizado, desenvolvendo-se fisicamente e intelectualmente, tendo seu tempo/momento individual respeitado (tempo de maturação). São necessárias, portanto, propostas de aproveitamento do tempo de forma enriquecedora. Assim, visamos um espaço diversificado que possa contemplar todos os saberes propostos pelo QSN. Ademais, queremos que dentro deste espaço escolar todos tenham voz, direitos e deveres. Que a chamada democracia não seja uma imposição e sim momentos de discussões e reflexões.

Diante disso, queremos que as decisões sejam baseadas no diálogo com o grupo, assim, estabelecendo as regras de acordo com a necessidade de cada turma, conhecendo e vivenciando os espaços no ambiente escolar através do lúdico, tornando a hora do estudo um momento prazeroso. Desejamos que sejam disponibilizados subsídios que acrescentem saberes ao desenvolvimento da criança, favorecendo que ela se desenvolva integralmente, considerando competências sócio-afetivas na mediação do conhecimento.

Assim primamos por um bom ambiente que atenda a todos os grupos e possa contemplar atividades diversificadas com espaços acolhedores independente do espaço ser amplo ou pequeno, afinal o que conta é a atividade desenvolvida nele.

Dessa forma, pensamos numa escola, onde os Tempos e Espaços devem respeitar o ritmo de aprendizagem de cada criança, com resgate e valorização da infância, respeitando-se as diferenças.


3 A Metodologia de Ensino


Almejamos em nossa escola uma metodologia que contemple as diversas necessidades dos alunos, pautadas na valorização do sujeito e o respeito mútuo, considerando a realidade da escola/grupo, propiciando que cada sujeito sinta-se pertencente ao processo. Tendo sempre como base o QSN, queremos que os professores sejam mediadores do conhecimento, despertando de maneira lúdica e inovadora, a curiosidade a descoberta e o interesse dos envolvidos.

A metodologia desejada precisa ser diversificada, de forma a atender a cada aluno, pois cada um aprende de forma diferente. Além disso, embora o objetivo seja um, os métodos para alcançá-lo são muitos. É preciso partir da realidade do educando, definindo por quê e onde se quer chegar, com apoio didático e pedagógico no intuito de passar o melhor para os educandos, sempre dispondo de dedicação e respeito.

Além disso, independentemente do tipo de metodologia utilizada, almejamos que traga clareza ao trabalho e bons resultados para que com dinamismo, e sem abrir mão do lúdico, cada faixa etária seja atendida. O fazer pedagógico deve ser sempre planejado e desejamos que ele inove e desperte o interesse das crianças pela descoberta, a fim de propiciar a autonomia de cada um, sem perde de vista a interação como o todo. Dessa maneira, sonhamos com uma metodologia que possibilite ao professor se situar como mediador diante da descoberta do conhecimento e os educandos, um método voltado à formação de um cidadão completoe pelo qual o sujeito se sinta ator de todo o processo.

Enfim, desejamos uma metodologia significativa que possa contemplar a todos de uma maneira prazerosa de modo que a criança demonstre interesse pelo que está sendo trabalhado em sala de aula. Tal metodologia aplicada pelo educador deve considerar como ponto inicial o que a criança conhece e o que ela deseja aprender, para que posteriormente sejam trabalhados determinados conceitos. Pata tanto, precisa ser humanizada e voltada à valorização do conhecimento de cada aluno, utilizando sua própria realidade como instrumento de estudo e entendimento. Além disso, deve visar sempre à contemplação de estudos interdisciplinares, agregando, inclusive, valores ao ensino e abordando além dos saberes necessários, temas atuais, relacionamentos interpessoais, brincadeiras e atividades que se espelhem no cotidiano para que seja mais fácil a assimilação.


4 A Relação Professor-Aluno/Disciplina


Em nossa escola, desejamos que a relação professor-aluno/disciplina seja de respeito mútuo, onde haja troca de experiências, valorizando o que cada um sente, estando sensível ao que os alunos apresentam, notando seus avanços diários, devendo ainda ser significativo e enriquecedor, onde um complementa a aprendizagem do outro, pois tanto o aluno quanto o professor vivem em constante aprendizado.

Assim, almejamos um relacionamento construído por todos de modo que aproxime os objetivos e interesses, permeados de ludicidade, onde o professor entenda o aluno no seu tempo e realidade (a comunidade a qual está inserida) e se estabeleça o diálogo e o respeito às diferenças.

Dessa forma, por meio da afetividade e da parceria com os pais, queremos que a relação professor-aluno contribua para se estabelecer o vínculo primordial entre escola e família, num convívio onde todos se veem como indivíduos que podem ensinar e aprender um com o outro. Almejamos que tal relação seja pautada em troca de respeito e cumplicidade, despertando a vontade de aprender por intermédio da confiança e reciprocidade.

5 A Avaliação da Aprendizagem

O momento em que a criança entra na escola é uma continuidade do processo de ensino-aprendizagem que vivencia em seu cotidiano. Por isso, é preciso considerar os seus saberes prévios, a fim de que as ações sejam, de fato, efetivas e possam contribuir com o desenvolvimento do educando. Com isso, desejamos que seja garantida uma avaliação reflexiva, que tenha como objetivo a mediação da aprendizagem. Consideramos que a avaliação deve ser baseada na observação do dia a dia, na relação do professor com seu aluno e nas atividades e/ou projetos desenvolvidos, que objetiva, dentre outras coisas, o desenvolvimento pleno da criança, que deve ocorrer de forma constante, respeitando o tempo de aprendizagem de cada uma.

No processo avaliativo, almejamos que ocorra a observação contínua por intermédio do lúdico e do brincar em consonância com os saberes pertinentes, primando-se pelo registro dos aspectos observados frente ao desenvolvimento individual e coletivo de cada sala, que deve ocorrer com a garantia da realização do diagnóstico não só na avaliação direta com o aluno, mas também na percepção da comunidade como um todo.

Queremos também que a avaliação possa contemplar o registro da observação do das atividades e/ou projetos realizados pelos educandos, garantindo o acompanhamento do processo de evolução, identificando as dificuldades, com vistas a se fazer intervenções respeitando-se o tempo de cada um e as inteligências múltiplas, utilizando o diálogo como base para as mediações necessárias na parceria com a família, proporcionando também ao aluno a possibilidade de se autoavaliar e perceber suas evoluções, conseguindo se enxergar enquanto protagonista de sua aprendizagem, sendo sujeito de suas ações, percebendo seu papel diante do processo de aprendizagem e o do professor, enquanto mediador do conhecimento.

Enfim, almejamos que a avaliação seja contínua e diagnóstica com objetivos definidos, indicando os saberes necessários, de forma contínua, respeitando os tempos de vida e os conhecimentos da criança, possibilitando a reorganização dos conteúdos propostos para que seja garantido o desenvolvimento global do aluno. Assim sendo, queremos que esse processo seja provido de meios que não excluam a criança, ou seja, não vise compará-la com outras, mas sim, considerar as necessidades de cada uma de acordo com os saberes necessários, enfatizando-se os progressos obtidos pela observação contínua, contando com a participação, inclusive, dos pais nesse processo, pois a escola complementa a ação da família.

6 A Hora-Atividade

Desejamos que a hora-atividade seja um momento coletivo, onde os educadores tenham a oportunidade de juntos promoverem discussões formativas e estudos de casos. Além disso, este momento deve favorecer o planejamento das ações individuais da equipe pedagógica, considerando o coletivo. Para isso, é fundamental que a hora-atividade seja dinâmica, com ideias que possam ser colocadas em prática

Além disso, almejamos que seja formativa, mas também garanta o diálogo e troca de experiências visando momentos de construção de conhecimentos, que possam contribuir no cotidiano e que contemple atividades com temas necessários de acordo com as modalidades atendidas. Então, queremos que a hora-atividade seja planejada e organizada, mas que também haja flexibilidade, de forma a contribuir com as práticas do professor, abordando assuntos pertinentes a sua realidade.

Em suma, desejamos que a hora-atividade seja um momento planejado com vistas a garantir o bem comum e para que no coletivo seja possível encontrar soluções adequadas para os conflitos e ampliação do conhecimento, compartilhando reflexões e diversidades de atividades. Tal momento significativo precisa ser, inclusive, uma hora de compartilhamento de saberes, leituras construtivas e planejamento, possibilitando, dessa forma, uma formação continuada e se tornando indispensável para o processo de ensino-aprendizagem que se dá em sala de aula.

7 O Trabalho com a Inclusão


Desejamos uma escola que, além da garantia de acesso e permanência, promova o aprendizado efetivo de todos os educandos, sem distinção de etnia, credo, classe social e/ou necessidades educacionais especiais. Afinal, a escola pública é para todos e, sendo assim, todos devem ser incluídos no processo.

Além disso, para garantir um atendimento que contemple as políticas de educação inclusiva, queremos poder contar com a parceria dos pais no processo de ensino-aprendizagem, bem como auxílio de profissionais especializados, quando necessário.

Assim, almejamos que todos alunos sejam bem recebidos e incluídos, para que se sintam respeitados e, desta forma, aprendam a respeitar e conviver com o próximo, independente de possuir deficiência ou dificuldade de aprendizagem acentuada.

8 O Perfil dos Professores

Desejamos professores dedicados e comprometidos, buscando o desenvolvimento dos alunos e estando preparados para as situações do cotidiano. Portanto, sonhamos com um professor que atenda a todos os alunos, considerando a individualidade e o tempo de aprendizagem de cada um em consonância com a realidade vivenciada.

Além disso, almejamos que estes profissionais estejam qualificados e capacitados, sendo valorizados enquanto profissionais tendo compromisso pelo que fazem e que ensinem valores aos alunos. Queremos ainda que os professores da escola compartilhem o mesmo objetivo e que eles tenham critérios voltados ao bom andamento do trabalho pedagógico, sabendo reconhecer e utilizar a ética profissional.

Enfim, desejamos que o professor atue com profissionalismo, aperfeiçoando-se continuamente, não se esquecendo dos valores humanitários, respeitando o próximo e trabalhe coletivamente, visando o bem estar de todos, tanto dos educandos quanto dos demais profissionais da escola.


9 O Perfil do Professor Coordenador Pedagógico


Desejamos que o Professor Coordenador Pedagógico seja capacitado para o exercício de sua função e comprometido com o seu papel, mostrando-se sempre atencioso, organizado, estabelecendo e atingindo seus objetivos.

Também observamos a necessidade de que ele seja um pesquisador, interessado em aprender novos conceitos, aberto a novas ideias, respeitando as diversidades. Além disso, almejamos que o PCP esteja preparado para mediar os conflitos, criando melhores condições de aperfeiçoamento do trabalho pedagógico, principalmente ao conduzir a hora-atividade.

Enfim, almejamos que o PCP aja com bom senso para tomar decisões corretas, interaja com professores e pais dos alunos, orientando-os sobre o acompanhamento dos filhos. Portanto, sonhamos com um Professor Coordenador Pedagógico que coordene a escola, sem esquecer que trabalha com seres humanos com suas virtudes e defeitos.


10 O perfil da direção


Almejamos uma direção transparente, aberta ao diálogo e novas ideias para possíveis mudanças. Desejamos que aja com profissionalismo e justiça, estando atenta às novidades e que aceite novas propostas, respeitando a todos, sendo humana nas decisões e racional no que as envolve.

Além disso, observamos que a gestão deva ser democrática, com o olhar voltado para o coletivo, mostrando-se responsável, esclarecedora e aberta a diálogo. Mas desejamos que também saiba ser ponderada nas diversas situações do cotidiano.

Ansiamos por gestores que interajam com os pais e responsáveis, conquistando-os para que participem da educação dos filhos, estando sempre presente, participando de todos os eventos propostos pela equipe, zelando pela escola e desejando sempre o melhor para os alunos.

Desejamos uma direção que se dedique, tendo iniciativa e perseverança em sua trajetória. Para isso, a mesma deve se destacar, tendo atitude e não apenas esperando que a Prefeitura faça sua parte. Faz-se necessário, portanto, que a direção elabore projetos juntamente ao Conselho Escolar para a aplicação dos recursos em pontos necessários e importantes. Desse modo, acreditamos em uma direção que não se retraía frente às dificuldades e esteja sempre alerta, agindo com criatividade para construir uma educação que se contraponha a cultura do individualismo.

Em suma, visamos uma direção que conheça seu papel fundamental na mediação face à elaboração e execução do Projeto Pedagógico, juntamente com a equipe escolar, respeitando as normas comuns do seu sistema de ensino, cumprindo suas atribuições a fim de garantir o bom andamento do cotidiano escolar, agindo com imparcialidade sempre em busca de soluções e encaminhamentos com participação coletiva.


11 O Perfil dos Demais Profissionais


Almejamos profissionais dedicados e responsáveis com a escola e com as crianças, que sejam capacitados ao convívio educacional, mostrando-se atenciosos, respeitando e sendo respeitados. Que todos os profissionais sejam educadores participativos na questão do planejamento, colaborando e contribuindo para o desenvolvimento global do educando.

Enfim, desejamos que tais profissionais se dediquem no intuito de que os alunos saibam que o estudo será de muita ajuda em seu futuro. Portanto, queremos um profissional que respeite a individualidades de cada criança, que entenda que educar faz parte da sua prática no ambiente escolar.


12 As Relações Interpessoais


Almejamos que nossa escola seja um ambiente de respeito, benevolência e bom senso acima de tudo, e que cada um se coloque no lugar do outro, observando que todos têm direitos e deveres na escola. Desejamos que haja diálogo para resolução de conflitos, confiança e dedicação entre as pessoas, numa relação de igualdade e sem preconceitos.

Em suma, queremos que haja comunicação e trocas de informação, para que toda a equipe possa se envolver nas atividades desenvolvidas no cotidiano bem como nos projetos propostos.

13 A Participação e Organização dos Alunos


Desejamos que a participação e organização dos alunos, em nossa escola, seja feita de maneira que os educandos sintam-se parte fundamental de todo o processo educativo, sendo protagonistas de seu desenvolvimento escolar. Que eles sejam assíduos e participativos, se envolvendo em todos os projetos da escola, mostrando-se comprometidos.

Consideramos a necessidade de que os alunos sejam críticos e responsáveis, com o apoio da família de forma a fornecer valores necessários para o convívio social. Que eles desenvolvam o hábito de expressar suas ideias e sugestões, e saibam ouvir os outros, respeitando as regras e combinados feitos em sala.

Além disso, desejamos que os alunos sejam participativos, inclusive opinando sobre a construção dos ambientes, tendo acesso a espaços para brincadeiras, vídeos, cantinhos, e garantindo o acesso às várias tecnologias, agrupando-se livremente nos espaços para explorar os saberes. Para tanto, desejamos que as salas de aula sejam constituídas de uma quantidade de educandos, a qual permita desenvolver um trabalho com qualidade.

Enfim, desejamos que os educandos possam se organizar em uma convivência pautada no respeito mútuo, obedecendo os combinados a fim de desenvolver autonomia por meio de ações que envolvam a ética, valores e cidadania.


14 A Participação da Família

Almejamos que a participação da família seja constante e significativa, em reuniões e eventos da escola, criando uma parceria essencial para o processo de formação. Portanto, desejamos que a família seja participativa com o intuito de incentivar seus filhos a cada dia mais terem comprometimento com os estudos e que eles valorizem as atividades propostas pela unidade escolar.

Queremos que a família não atribua à escola atividades que competem a ela, assumindo assim suas responsabilidades junto aos filhos e não as transferindo para a escola. Desejamos, então, pais comprometidos com a educação e bem estar dos filhos, acompanhando seu desenvolvimento e a rotina escolar. Além disso, sua participação deve ser ativa, para a construção de uma escola onde todos se respeitem e se vejam merecedores do respeito do outro. Consideramos que tal atitude contribui para a própria formação dos alunos, tornando-se indivíduos críticos, capazes de resolver situações que surgem no cotidiano, mas também éticos e respeitosos. Em contrapartida, desejamos que a escola faça sua parte, proporcionando momentos em que os pais participem e que se sintam parte do âmbito escolar.


15 A Participação da Comunidade


Desejamos que a comunidade seja ativa e integrada com a escola, sendo que os pais possam colaborar na organização estrutural e com ideias em eventos culturais, de forma interativa. Portanto, queremos que a comunidade tenha interesse e conheça o projeto pedagógico da escola, o que trará para a comunidade uma melhor compreensão do trabalho da equipe escolar.

Além disso, ansiamos que a participação da comunidade seja ativa, comparecendo nas reuniões, projetos e eventos promovidos pela escola, contribuindo com sugestões, críticas e elogios, compreendendo, assim, que é parte da comunidade escolar.

Assim, desejamos que todos participem ativamente das ações desenvolvidas pela escola a fim de fazer com que a comunidade se veja enquanto parte integrante da escola e zele pelo melhor ambiente para as crianças e contribua com ideias para uma escola com qualidade social. Ansiamos, então, que a comunidade se reúna não apenas para festas e eventos, dando apoio e cobrando se necessário, mas que também se encontre para promoção de debates visando a coleta de sugestões ou mesmo para ações que contribuam para uma educação de qualidade e valorização da escola.


16 A Estrutura e Organização


Ansiamos por uma escola bem estruturada com espaço suficiente para todas as crianças, suprindo as necessidade delas, contendo instalações sanitárias satisfatórias e contemplando toda a estrutura pedagógica e de lazer. Além disso, faz-se necessário que a escola conte com acessibilidade para todos, contribuindo assim para a satisfação da comunidade escolar e favorecendo a realização das atividades pedagógicas de forma satisfatória.

Para isso, além de profissionais qualificados, nossa escola deve contar com um ambiente agradável para todos, estruturado fisicamente com bons materiais pedagógicos, espaços amplos adequados para as brincadeiras, inclusive ao ar livre.

Desse modo, desejamos uma escola, na qual todos sejam responsáveis por sua organização e infraestrutura, proporcionando a qualidade de vida ideal para a coletividade.

Assim, almejamos que a escola seja organizada e acessível para os alunos e que a segurança seja garantida, com regras claras, acessíveis e ao mesmo tempo flexíveis às mudanças e necessidades da comunidade escolar.

17 O Relacionamento entre as diferentes Modalidades de Ensino

Desejamos que se estabeleça diálogo entre os profissionais das diferentes modalidades de ensino, de forma que as mesmas caminhem juntas rumo a um objetivo: o processo de ensino aprendizagem a ser contemplado por meio de um trabalho desenvolvido no coletivo, considerando a integração necessária do trabalho desenvolvido nas diferentes modalidades.

Em suma, almejamos que haja interação e trocas de experiência para favorecer a continuidade do desenvolvimento educacional dos nossos alunos.


18 O Relacionamento de nossa escola com outras Escolas da Prefeitura


Desejamos que haja troca de informações entre as unidades de ensino, numa relação de parceria e com uma visão democrática buscando condições favoráveis de ensino para os alunos. Desse modo, ansiamos por uma comunicação frequente entre as escolas e que sejam realizadas atividades interativas, sendo que todas tenham o mesmo empenho e dedicação com os alunos, utilizando as mesmas ferramentas de trabalho.

Enfim, desejamos também que este relacionamento seja amigável, que os envolvidos estejam abertos às parcerias, sempre que necessário, e que haja um relacionamento de respeito, transparência e cooperação entre as escolas municipais.


19 O Relacionamento de nossa escola com a Secretaria Municipal de Educação


Desejamos que o relacionamento entre a Secretaria de Educação e nossa escola seja transparente e com a descentralização das decisões, favorecendo a autonomia da escola. Também ansiamos que a SE esteja ciente das necessidades da escola para agir de forma efetiva, inclusive com a visita de seus funcionários nas escolas.

Além disso, desejamos que esta relação seja humanizada, não mecânica, burocrática ou impessoal, atendendo aos desejos e anseios da escola. Para tanto, queremos que haja interação entre os diversos departamentos da Secretaria de Educação, sem sobreposição de prazos e eventos. Em suma, ansiamos que o poder público se faça presente, inclusive nas reuniões com os pais, para se inteirar das necessidades da escola e da comunidade. Dessa forma, queremos que haja uma relação de parceria e solidariedade, que contribua com o estabelecimento de uma educação de qualidade.



2 comentários:

  1. É com grande satisfação que registro o comentário. A realidade escolar aqui descrita é funcional e efetiva, sei o quanto os esforços, dedicação e transparência
    dessa equipe, merecem de nós pais dos alunos todo reconhecimento, respeito, gratidão e acima de tudo confiança. Faço votos que a cada dia cresçam e explorem os seus sonhos como educadores, da minha parte além da credibilidade que existe, peço a Deus que iluminem a todos, pois são pessoas especiais, com dons especiais e merecem por parte de nós um cultivar especial.

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    1. Ficamos muito felizes com seu comentário! É gratificante saber que estamos no caminho certo =]
      Gostaríamos que se identificasse, tudo bem?
      Até a próxima!

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